segunda-feira, 30 de março de 2015

Cão bravo ao telefone

Domingo, onze da noite, todo mundo deitado e toca o telefone. Até cair. Duas vezes. Na terceira tentativa levanto e atendo.
- Alô.
- Boa noite.
- Com quem quer falar?
- Pessoa X.
- Não tem ninguém com esse nome aqui.
- Não tem Pessoa X aí?
- Não.
- O final do telefone aí é XXXX?
- Sim. Não tem ninguém com esse nome aqui.
- Ah, ok. Valeu.
*Desliguei*
Não vem ao caso quem telefonava nem quem estava sendo procurado. Ligar as ONZE HORAS DA NOITE numa residência, com a qual você não tem a menor intimidade, procurando quem quer que seja, não é razoável... Na verdade, ligar essa hora na casa de NINGUÉM é razoável. Poderia ser pra mim, que eu ia responder "não tem ninguém com esse nome aqui" do mesmo jeito. E se a pessoa tentar novamente, resolverei isso no Duartão Style: vou soltar os cachorros com tanta propriedade que a pessoa vai ficar dois dias em posição fetal chorando e pedindo por socorro. E eu vou gostar de fazer isso.

domingo, 15 de março de 2015

A uruca pegou

Eu trabalhei com temas relativos ao Holocausto e antissemitismo no Brasil durante uns três anos, mais ou menos. Era lá no Arqshoah.

Uma das coisas que eu fazia ocasionalmente era entrevistar idosos que passaram de alguma forma pelo Holocausto na Europa. Eram pessoas que se refugiaram nos trópicos durante a Segunda Guerra, ou conseguiram se esconder pelo Velho Mundo mesmo durante o conflito e vieram para cá depois, ou até mesmo indivíduos que chegaram a passar por campos de concentração e posteriormente vieram para o Brasil, País do Futuro.

Eu não era uma boa entrevistadora. Na verdade, raramente me ocorriam perguntas e eu era muito mais uma auxiliar burocrática, preenchendo autorizações do entrevistado para a minha chefe, do que qualquer outra coisa.

Numa dessas vezes fomos entrevistar um senhor fofíssimo que passou por campo e tinha uma história bem pesada. Juro que não sei o que falei ou o que eu fiz, mas o Senhorzinho simpatizou comigo. E simpatizou tanto que me falou a coisa mais doce que idoso judeu poderia me falar.

Eu devia ter uns 22 anos na época e, na hora que minha chefe e eu estávamos saindo da casa dele, o Senhorzinho me perguntou se eu era casada. Respondi que não e ele falou "você merece um bom marido, um bom marido judeu". Nunca gostei das pessoas me mandando namorar e casar, mas dessa vez não levei a mal. Era um senhor de outro país, outra religião, pouco mais velho que meu avô me desejando algo que, pra ele, era uma das melhores coisas que poderia me acontecer.

Não, não vou entrar em mérito nenhum. Não me ofendi porque aquela era a forma dele me desejar um futuro bom e feliz, mesmo sem nem me conhecer direito. Eu acredito nisso, que "você merece um bom marido, um bom marido judeu" era um voto sincero de felicidade justamente por ele me desejar um marido judeu.

Resumindo bastante, até porque eu mesma não sei muito, basicamente pra uma criança ser judia, ela precisa nascer de ventre judeu, ou seja, a mãe precisa ser judia. O Senhorzinho, um idoso judeu relativamente ortodoxo, sabia que eu não sou judia e, mesmo assim, me desejou um marido judeu. Meus filhos dificilmente seriam considerados judeus pela maioria da comunidade, mas ele me desejou o que, pra ele, era o melhor pra mim. Até onde eu sei, entre os judeus um pouco mais ortodoxos, o casamento entre goi (o não judeu, o estrangeiro) e judeu não é muito bem visto. Ainda mais quando a mulher é goi, justamente por não "passar" o judaísmo pros filhos. Me desejar um marido judeu era como que dizer "você é uma moça tão boa que gostaria de te ver na comunidade a qual pertenço". Não sei de onde ele teria tirado que sou tão gente boa assim e sim, eu sei que posso estar viajando. Mas independentemente do que aquele Senhorzinho tinha em mente na hora que falou isso, o fato é que pude ver nos olhos dele o quanto ele queria meu bem.

Dessa forma eu só posso agradecer uma uruca tão benigna e que, pra minha sorte, pegou. Há dois anos encontrei meu Lindão que não é nem meu marido e nem judeu, mas provavelmente é o mais próximo do que o fofo Senhorzinho me desejou. Ok, bem capaz de não ser exatamente o que ele quis dizer, porque minha concepção de bom marido com certeza é diferente da dele, mas se pensarmos num denominador comum, que seria algo como um homem bom, responsável e carinhoso, foi isso que ele desejou e foi exatamente isso que Afrodite me deu.

Há dois anos encontrei aquele como qual pretendo morar, mas sem casar, e que não é judeu. É goi, como eu. E hoje esse goi bom, responsável, carinhoso e muito babão completa mais um ano de vida. Lindão, feliz aniversário! Eu te amo e tô tão aguada de saudade que este ano não vai ter zoeira no seu post. Não acostuma, tá? xD

segunda-feira, 9 de março de 2015

Rabiscos #21 - Especial da amiga aniversariante

Há dez anos eu achava que estudando História na faculdade mudaria o mundo seria uma professora feliz, com um salário não muito bom, mas que supriria minhas necessidades. Hoje eu preciso fazer um desenho meio picareta pra presentear uma amiga querida.

OBS: Crianças, nunca menosprezem suas futuras tendências de consumo. Você pode não concordar com o Capitalismo, mas ainda vive nele e conforto custa dinheiro. Beijos.

Hoje a Ester, uma das pessoas que conheço há mais tempo nessa vida, faz aniversário. E como a pobrinha do grupo, faço um desenho de presente mesmo.

Mentira. Até onde sei, ninguém vai dar presente, porque não costumamos dar presentes. Nós saímos pra engordar todos juntos. Mas a aniversariante tá assoberbada com a faculdade, então não engordaremos logo, não gastaremos.

Fiz o desenho hoje mesmo, dia 09/03/2015. Presente fresquinho pra Ester. Um apartamento fofo e confortável, desenhado a imagem e semelhança do meu, pois quero que ela e o marido firmeza sejam meus vizinhos. Não tomei muitos cuidados, até porque essa seria parte da graça.

Independentemente da tosqueira inevitável proposital, feliz aniversário, Ester! \o/

O ambiente só está vazio porque estão esperando a mudança chegar. Sério.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Rabiscos #20

Gosto de cavalos. Tanto que dia 04/03/2015 eu fui desenhar um. Mas foi indo e o cavalo evoluiu em uma das éguas mais famosas dos videogames <3

É uma falha de caráter muito grande dizer que nunca joguei Zelda? =/

quinta-feira, 5 de março de 2015

Rabiscos #19

Cães. Aqueles doces seres que parecem nunca crescer - na cabeça deles - e tomam nossos corações de assalto, fazendo cagadas, mas pedindo desculpas com olhos tão pidões que no segundo seguinte você já está fazendo tudo o que ele quer novamente. Vale lembrar que não confio em quem não gosta de animais de estimação.

No dia 03/03/2015 desenhei um cachorro maior feliz e tranquilão, deitado no jardim.

Ei, uma palavra sua e eu posso começar a pular e a brincar, viu! Joga aquela bola ali pra mim, vai!

quarta-feira, 4 de março de 2015

Rabiscos #18

Gatos. Aqueles animais domésticos que nem todo mundo aposta que foram devidamente domesticados. Eu gosto de gatos. Do mesmo jeito que gosto dessa zoeira de "gatos são como pequenos demônios que temos em casa e pensam que são deuses". Por isso no dia 02/03/2015 fiz um gato que estava dormindo em paz num sofá, mas há um humano indo incomodar... Olha, humano, eu não faria isso se fosse você.

Lembrem-se: sono deve ser respeitado, não importa a criatura que está dormindo.

Comecei diferente esse desenho. Ajudou a deixar o processo mais rapidinho xP

terça-feira, 3 de março de 2015

Rabiscos #17

No dia 01/03/2015 peguei pra desenhar um tamanduá mestre-cuca, só de olho no almoço. Eu sei, o chão tá feio pra caralho e as sombras tão tudo errada. Exceto a sombra do tamanduá no chão. Essa eu acho que tá certa. Ah, gostei do sol x3

Expressão do tamanduá foi livremente inspirada na minha própria cara de fome.

Agora temos vídeos! De nada u.u


segunda-feira, 2 de março de 2015

Rabiscos #16

Como o primeiro Zerg ficou bem aquém do esperado, lá fui eu encarar o bichão novamente. Depois de alguns dias sem desenhar, fiz um novo em 28/02/2015. Fundo preguiçoso sim, porque eu sofri um bocado pra fazer só ele. Fora que não consigo desenhar um cenário destruído... Ainda.

Agora nem precisa abstrair tanto pra ele parecer assustador, vai?


UPDATE: agora com o vídeo do sofrimento :3 E não me pergunte o porquê do vídeo nesse tamanho ridículo ¬¬ Coisas do Blogger ¬¬