Maldita correria que não me deixou postar isto no mês passado. Mas ok, valeu a pena aquele caos e o post será quase um presente pro Duartão. =P
Bom, já mencionei que o Duartão era meio esquentado, né? Esta história, que é uma das minhas favoritas, é fruto do seu gênio meio difícil e explosivo.
Com base nas minhas pesquisas, calculo que na época ele tinha entre 19 e 21 anos. Ou seja, ele era mais novo do que eu quando esta história aconteceu lá por volta dos anos 1970.
Duartão já fez um pouco de tudo na vida, mas a profissão dele (ou o que ele fez por mais tempo) era gráfico. Além de lidar com as impressões, ele também era mecânico das máquinas e trabalhou em mais de uma ocasião com parentes.
O causo aqui começa quando o Duartão tava em Londrina trabalhando com o tio Samuel. Uma noite, depois do trabalho, meu pai foi lá num bar tomar uns gorós pra relaxar. E tava quieto no canto dele, vendo uns caras jogando sinuca e tal.
Lá pelas tantas entram dois policiais no bar. Caras retardados do tipo que só por vestirem fardas pensavam que eram gente. E um deles nem tamanho de gente, tinha. E claro que esse baixinho era mais encardido e metido a otoridade. ADORO essas pessoas. ADORO! ¬¬
Não me lembro muito bem, mas acho que os policiais, o baixinho principalmente, encrencaram com os caras da sinuca - talvez meu pai estivesse jogando - por qualquer bobagem. Respostas atravessadas, meu pai se meteu no meio e o baixinho foi querer cantar de galo pra cima dele... Sim, deu merda.
Não deu tempo de baterem boca. No que o policialzinho chegou perto dizendo que ia prendê-lo por desacato, Duartão virou um puta soco e fez o nanico cair estatelado no chão. Aí veio o outro maldito policial e prendeu meu pai. Maldito porque era maldito, não porque prendeu meu pai. Aí o pintor de rodapé levantou... e Duartão, que não perdoava uma, viu que o carinha tava torto por causa do soco! Andava meio fora de prumo! xD
O tempo que ficou na cela esperando o tio ir tirá-lo da cadeia, Duartão se satisfez observando o policialzinho andando na delegacia com o pescoço torto. Ele me disse que o prazer de vê-lo daquele jeito compensava o fato de estar preso.
Acho que ele nem chegou a ver o sol nascendo quadrado naquele dia, pois o tio foi lá e jogou um xaveco no delegado que se bobiar era até meio conhecido dele. Aquela coisa "ah, meu sobrinho é de São Paulo, meio cabeça quente e já tinha tomado umas cuba-livre... Solta ele, vai? Eu converso e ele vai se comportar". Opa, vai muito! Se comportou direitinho até o final da vida! =P
Mas, pensando nisso agora, meu pai deu é muita sorte disso ter acontecido em Londrina. Se fosse aqui em São Paulo acho que tinham levado ele pro DEOSP até... E não teria sido tão fácil de sair de lá, não. Aiai, era um imbecil, mesmo ¬¬.
E você, caro leitor, abraços no paizão! Que eu fico aqui com as boas memórias do meu!
Semana que vêm tem mais! xD
PS: post em horário boêmio pra combinar com o Duartão!
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