domingo, 17 de janeiro de 2010

Fuscazul!




*Soco

Eu postei, portanto eu vi primeiro! Rá!


Update 28/01: para mais fuscas, acesse o Fotolog Fuscablue - porque já tinham usado todas as formas possíveis e imagináveis de Fuscazul. ¬¬

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Relatório REALMENTE geral de atividades

  • Reuniões da equipe (maioria das vezes com a presença da chefa);
  • Transcrição e transcriação de entrevistas;
  • Revisão de entrevistas já transcritas;
  • Entrevistas - equivale a ir de um lado pro outro nesta cidade miserável... dependendo do transporte público;
  • Preenchimento, revisão e inserção de tudo quanto é ficha no banco de dados from hell;
  • Digitalização de documentos;
  • Devolução dos documentos emprestados pelos entrevistados;
  • Presença em vários eventos e palestras;
  • Divulgação e monitoria de outros tantos eventos;
  • Responder e-mails recebidos pelo nosso site;
  • Conserto de cadeiras véias e/ou de má qualidade;
  • Transporte logístico - ou servir de mula de carga e levar tralhas de um lado para o outro*;
  • Caça-a-chefa na Feira do Livro;
  • Sobrevivência na Feira do Livro para ampliação do nosso acervo bibliográfico;
  • Entrega de coisas por aí - desde folders na casa de uma professora até material de trabalho na casa de um membro da equipe;
  • Secretariado;
  • Copa - ok, só precisei fazer café duas vezes... justo nas reuniões MAIS importantes;
  • Manutenção da sala - quase um trabalho de serralheria. Agradeço à lima que meu avô me emprestou, pois sem ela a porta do jardim ainda estaria dando problema na hora de trancar;
  • Suportar zumbis - tarefa difícil;
  • Fazer massagem em pessoas com as costas mais zoadas do que a minha;
  • Jogar Tênis com insetos.


*é importante lembrar que, pelo menos, me livrei dos bioooooooooooomboos. Sou muito grata por isso.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

#alvinhofeelings

Lisbon Revisited

Não: não quero nada.
Já disse que não quero nada.

Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.

Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafisica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) ­-
Das ciências, das artes, da civilização moderna!

Que mal fiz eu aos deuses todos?

Se têm a verdade, guardem-na!

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?

Não me macem, por amor de Deus!

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho,
Já disse que sou só sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!

Ó céu azul ­ - o mesmo da minha infância ­-,
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflecte!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.

Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!

Álvaro de Campos, 1923.