terça-feira, 30 de junho de 2009

A greve na USP

Tá, eu sei, tô devendo este post faz muito tempo. Tanto tempo que a greve praticamente acabou. Hoje houveram assembléias do SINTUSP e da ADUSP e ambas deliberaram que suas respectivas categorias voltariam às atividades normais no dia seguinte - vulgo, amanhã.

Olha, nunca participei muito - tá bom, na verdade, eu nunca participei foi é NADA - mas não concordo com o fim da greve neste momento. Simplesmente porque ninguém conseguiu porra nenhuma com ela. A maldita PM saiu do campus por uma barganha feita com a Reitora Boticária, incompetente, biruta e filha da puta. Grevistas retiravam os piquetes e a vaca retirava os coxinhas.

E como a greve está no bico do corvo, estou muito longe de ter disposição para contar toda a sua saga que envolve esses 57 dias de funcionários parados e como foi de uma das greves mais miadas e zoadas da História (a "Greve do Brandão") a uma greve que tomou corpo e gerou debates.

E provavelmente a abertura desses debates foram a única verdadeira conquista dessa bosta de greve maldita. Questionamentos importantes foram levantados e, quem sabe no futuro, na USP que meu sobrinho estudar (se ele estudar lá, é claro! =P) existam formas mais democráticas de escolher reitores e que o Conselho Universitário também seja algo um pouco mais representativo. Agora é torcer para que esses debates continuem.

Mas, quer saber? Que se dane tudo, também. No momento acho que só napalm resolve. Ou uma Guerra Mundial Nuclear. O problema do mundo é que tem gente nele. Pra resolver isso acaba com toda essa cambada que tá resolvido. Mas isso é porque eu acho que está tudo errado... inclusive o fato da minha terapia estar de férias!

Tá, agora falando sério: parar com a greve, depois de tanto tempo e sem conseguir boa parte das reivindicações é tatuar um LOSER enorme na testa. Mas, sei lá, não entendo bolhufas disso. Posso estar pra lá de errada e daqui uns anos ao reler isto eu pense "puta que pariu, mas como eu escrevia asneira no blog!" e até comece a pensar em umas trezentas razões por isto tudo ser um monte de asneiras.

Do mais, vão pro diabo.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Hoje, chegando na USP

Alguém pode me dizer o que raios estava fazendo um carro da "TV Aparecida" estacionado na frente do meu prédio da faculdade? Tinha um da Band, também. Ok. Mas, "TV Aparecida"? Meu, pra quê? É pra cobrir os acontecimentos de semana passada e desta com "alunos de História, logo comunistas, logo ateus, entraram em conflito com a polícia e hoje assistem a palestra com Antônio Cândido e Marilena Chauí"? ¬¬

Tá, eu sei. Preciso ser menos implicante. Morram.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos Namorados

Hoje a metade do país que não está andando por aí suspirando na companhia do seu par está em casa suspirando pela falta de um par... Ok, eu sei, você não está em nenhuma das duas categorias. Quer um prêmio por isso? Pois não vai ganhar. E não venha me encher o saco.

Mas 12 de junho é um dia chato pra mim por outra razão: hoje faz 7 anos que eu não vejo o meu pai. E dia 20 de junho vai fazer 7 anos que ele morreu.

Em 12 de junho de 2002 eu estava no 1º colegial e prestes a entrar na semana final de provas antes das férias de julho. E meu paizão já estava doente fazia bastante tempo. Passei a tarde em casa - como eu sempre passei a vida toda - e ele não estava lá muito bom. Antes de deitar fui dar um beijo de boa noite nele e ele respondeu: "Boa noite, filha. Durma com Jesus". Foi a última coisa que meu pai me disse.

Na madrugada do dia 13 ele ainda não se sentia bem - ou tinha ficado um pouco pior, sei lá - e meu avô (pai dele, com o qual minha mãe e eu moramos até hoje) o levou à Santa Casa para a sua última internação. Ficou uma semana lá e morreu. Acho que eu tava fazendo prova de Física naquela hora, pois foi de manhã e lembro de chegar em casa com o trambolho do livro de Física na mão.

Não fui ao velório nem ao crematório e muito menos quando foram levar as cinzas para Sorocaba (caso queira, existe um breve resumo sobre isso de Sorocaba em algum ponto deste texto). Não quis vê-lo sem vida e acho que não me arrependo, embora tenha perdido a conta das vezes que me avisaram "você vai se arrepender um dia". Tá bom, muito grata. Mas a culpa é minha, o arrependimento é meu e eu faço com eles o que eu quiser.

A idéia de escrever este post veio da Sra. Sutileza. Aliás, ela e o marido precisam parar de me emocionar com textos sobre parentes. Desse jeito a minha reputação vai pras cucuias!

Bom, já chega! Vamos reclamar um pouco agora! (revoltada mode on) Que a bosta dessa invenção capitalista de "Dia dos Namorados" vá para o diabo. Li em algum lugar e parece que essa porcaria foi inventada por algum publicitário - logicamente para vender mais produtos - e o povo sai por aí comprando, presenteando, embarcando nessa bobeira (revoltada mode off).

De qualquer jeito, como hoje é 12 e junho, usar "Dia dos Namorados" como título de post, apesar de batido, chama a atenção! Logo, crescem as chances das pessoas lerem os meus resmungos. =D

Vou ler uns poemas do Alvinho para o meu trabalho de literatura. No próximo post um pouco sobre a palhaçada que se passa na USP com a PM lá dentro... O que lembra uma história do meu pai quando ele era novo, mas isso fica pra um outro dia também.

(Eu sei, falar o que vai acontecer depois é um método muito "novela que para no melhor do capítulo", mas eu preciso fazer o trabalho e ainda quero jogar GemCraft, desculpem.)