domingo, 23 de agosto de 2009

Como atormentar seus alunos

Não é porque a gente está na faculdade que certas coisas deixam de acontecer. Professor mala sempre vai existir. E eu sempre vou querer matá-los. Fazer o quê? É a vida. Ôh existência miserável.

Professor que atormenta é aquele que, por exemplo, não se garante e segura a lista até o final da aula. Pior, ele faz chamada no final da aula... o que é o cúmulo da insegurança. Aliás, acabo de me lembrar que os meus professores que faziam isso costumavam contar o texto que nós, alunos, liamos (teoricamente) em casa. Ora, se eles falavam tudo de novo em sala, ninguém mais lia porra nenhuma em casa!

Mas a Disgrace, que fazia chamada no final da aula, era boa em atazanar a gente. Picareta! Mas, como boa mala, vivia pedindo coisinhas chatinhas pra gente fazer e entregar. E a maldita folha de estágio. Só libero a nota se vocês me entregarem a folha de estágio. Putaquepariu, tive pesadelos com essa folha! Além da vontade de mandá-la enfiar a mesma no cu. Mas como não entreguei, não tive essa oportunidade. Uma pena.

Essa doida - sério, ela não regula dos pinos, é pior do que eu - dava a palavra pro aluno, mas atravessava a fala do sujeito logo em seguida. Isso me irritava pouco. Até mesmo quando era com o aluno mala sou-médico-plantonista-fiz-história-e-dou-aula-como-voluntário-e-querem-meu-diploma-da-licenciatura-caso-contrário-não-estaria-assistindo-a-da-sua-aula. Outro doido de pedra que era um tormento. Ok, ele e a Disgrace se mereciam. Todo o resto da classe, não.

Aquela vaca também dava seminário. Cara, como eu odeio seminário. Chatos de fazer, insuportáveis de assistir. Bom, eu jogava Final Fantasy IV no Game Boy durante os seminários. Mas ainda assim era um martírio. Aquela biruta como professora nunca mais!

Outra que judiou dos alunos foi uma Vera Holtz cover. Dessa eu me livrei. Mas quem foi obrigado a fazer Geografia para História com essa maluca, sofreu horrores. Outra forma eficiente de atormentar alunos é subestimar a capacidade deles, fazê-los de gato e sapato, e usar o fator nota para coagi-los a ficarem quietos. "Ensine" rudimentos de capitanias hereditárias aos historiadores, os mande fazer cartazes (e depois diga que não vão valer nota) e siga o calendário de reposição do seu departamento de origem, não do departamento para o qual dá aula - assim... você dá aula pra História, tem alunos só da História, usa a sala da História, mas segue o calendário de reposição da Geografia. O pouco de férias que seus alunos teriam, vão pras cucuias!

De minha parte, sugeri que minhas amigas pegassem os cartazes que foram obrigadas a fazer, enrolassem e empalassem a professora Vera Holtz cover na frente do prédio como uma punição exemplar, para que tal abuso não se repetisse. Apesar de não ser aluna da maluca em questão, me ofereci solidariamente para auxiliar nesse ato. Mas acabou que não fizemos isso. Infelizmente.

É no mínimo ridículo ver professoras desse tipo na USP. Mas existem outros exemplo. A Pri já tinha reclamado. Agora, conseguir definir as proporções de insegurança, sadismo e necessidade de voltar a estudar as suas matérias, eu já não sei...

Mas o foco do post não é esse. Este é um guia - não tão prático, pois eu começo a divagar - de como atormentar alunos. E as dicas estão aí! Peça sistematicamente coisas pra casa, dê seminário, subestime a capacidade deles, corte as falas deles, reproduza aquilo que eles leram em casa e coisas desse tipo. Só não se esqueça que eles vão te amar profundamente pro resto da vida, tá?


PS: por mais idiota que este post pareça, as vezes me sinto aprendendo isso na Faculdade de Educação. Minha escolha é captar o exemplo oposto do que vejo lá e abstrair o resto. Puta lugar ruim, chato, cansativo do caralho!

Um comentário:

Pree disse...

Nem falo nada....
Já tive minha cota do show de horror que ta a USP.

Pelo menos pude excluir a materia do infeliz do Segrillo que não faz idéia de como dar aula numa universidade....

Ainda bem que ta acabando esse tormento!
Só mais um ano e meio... cristo!